Serenidade... Eternidade...




No tempo em que era tempo
Procurei na alma dos homens a sua inocência
A sua vontade de se perceberem...

Nesse tempo viajei para Eternidade,
Essa lenda a que todos apelidamos de refúgio
Esse local mágico em que todos queremos persistir.

Essa viagem pretendia ser curta e óbvia
Como todas as curtas viagens a que se atreve um ser humano.
Mal sabia eu que nem de uma viajem se trataria
Seria antes uma desdita de um homem longe do óbvio.

Como imaginam não fui capaz de chegar a Eternidade
E continuo sem perceber se a inocência continua a morar na alma dos homens
Mas perecebi nesta tentativa tentada
Que são os homens que se anulam a si próprios
Na desdita de não se aceitarem e de não aceitarem o próximo
Somos nós, reles existências no tempo da contemporânea modernidade.
Por estes dias revejo-me no refúgio de Da Vinci, Michelangelo e Garibaldi
E percebo que continuo sem perceber e que...
Continuarei eternamente na ignorância de uma Eternidade que não quero
Por estes dias basta-me... Serenidade...