A vida num click...




Somos feitos de massa grossa,
De granito entranhado na mente
E de mármore puro cristalizado no coração dinamitante.

Somos restos de genialidade,
Televisões independentes sem intervalos comerciais.
Acreditamos que o plano que traçamos será,
Acreditamos que adiaremos o que não parece,
Até que... por entre a nossa massa rochosa,
Se abre a fenda do desvario humano,
Se desmorona a falésia em que construímos o nossa fronteira limite,
E percebemos a debilidade do plano que não será.

A estes Limbos chamamos de sofrimento,
Azar,
Falta de sorte,
Limitações,
Percalços e... tudo mais que a semântica permitir.
Até que.... e mais uma vez sem percebermos como...
A Web das nossas vidas reinicia o seu programa
E estamos de volta à nossa nau celeste
A navegar por entre sistemas operativos do plano que voltou a ser...
Não sei o que lhe chamar....
Sorte, desvario,
Persistência, acontecimento
Sinceramente, pouco importa.

Fica a certeza que apesar de todos os planos
A vida num click também é possível,
No bom, no mau
E no click que nos mata e ressuscita... a alma...