Diários da Neve I... Aviões, Amigos e Neves Silenciosas

As 48 horas entre os dias 4 e 5 de Dezembro foram no mínimo estranhas e ocultas no que a Karma diz respeito. Já viajo com a Elisabete à alguns anos e sempre tivemos contrariedades em todas as expedições que envolvam aviões. Desta vez não foi diferente, é caso para pensar que constelações Kármicas nos possuem quando nos aproximamos de aeroportos ou aviões. De todas as vezes que viajamos de avião ou perdemos malas, ou ficamos apeados, ou existiram problemas técnicos. Desta vez foi a greve dos controladores aéreos espanhóis. mas verdade seja dita, chegamos sempre ao nosso destino e, embora tenham existido percalços iniciais, a aventura que se seguiu às dificuldades iniciais foi sempre indescritível, surpreendente e amplamente recompensadora, desta vez não está a ser diferente.

Chegamos a Malpensa, Milão, com o tempo razoável... tínhamos à nossa espera o Stefano, amigo de longa data e companheiro de jornada para os próximos dias.
Nas primeiras horas em Itália o tempo foi pouco para rever amigos e fazer planos para o dia seguinte. Mal chegamos e fomos de imediato assistir a uma sessão de cinema de animação japonês do Mestre Miazakhi, falamos da obra "Porco Rosso". De volta aos nossos aposentos por estes dias, revimos os amigos de outros tempos e percebemos porque viemos a Itália... viemos ver a neve que não para, comer e beber bem... muito bem... conversar e atasanar os amigos de quem não disfarçamos o nosso lunatismo e supostas irregularidades. A "the first nigth" foi no mínimo o excesso de meses de regras e simbolismo constante. Vim para poder por de parte a responsabilidade "de ser" e escrever novamente diários e pelo meio preparar a melhor época do ano, "o Natal do homens".

É bom estar de volta à terra das neves silenciosas.