Há dias em que se pudessemos enforcavamo-nos vinte vezes...

Há dias em que se pudessemos enforcavamo-nos vinte vezes, mas não seria um enforcamento qualquer, seria algo de glorioso para todos verem e que marcasse de modo inigualável quem pudesse assistir ao momento. Mais rídiculo que este pensamento é lembrarmo-nos da quantidade de vezes que damos conselhos aos outros e da quantidade de vezes que fazemos exactamente o contrário só porque somos especiais e naquele momento de insanidade nada fazia sentido.

Se ser disciplinado existe, é nesta horas que revelamos o que a nossa integridade realmente vale. Nesta matemática cósmica foco-me no que tem de ser (e sabemos que "isso" tem sempre muita força!!!) e no essencial que nos faz levantar todos os dias e que faz a vida valer a pena.

Por estes dias o que tem de ser é o meu emprego que me abre portas, fecha tempos, mas me realiza... o essencial que me alimenta e liberta a alma é a "tropa de elite" com quem partilho os meus dias, que me desafiam constantemente e me obrigam a não baixar a guarda porque não tenho o direito de frustrar as suas expectativas. Felizmente que o meu essencial me transporta ainda para Cavaleiros de aventuras épicas, para uma família que continua a transportar o meu farol, para amigos muito "melhores que eu" e para uma consciência que me faz procurar o meu próprio silêncio. E se me permitem a oração "no silêncio fala Deus, é na alma que ele está..." e como pecador que sou, limito-me ao silêncio porque Deus já tem problemas que chegue para lidar.