Aquiles e o seu calcanhar maldito

Procuramos todos as nossas raízes, donde viemos para onde vamos e se de fato tudo o que fizemos faz algum sentido. Não vos vou fazer perder tempo a refletir e dissertar sobre o que sendo importante não importa nada porque só nos faz perder tempo.

Por estes dias tenho tentado voltar às minhas raízes, recordar o meu berço e os contextos que me fizeram ser... e reitero ser....

Ser, sermos, implica magia interior, intuição, vontade de tentar perceber o que nos rodeia e por quem nos fizemos rodear.

No campo da magia interior não encontro medos absurdos, só velhas recordações de adolescência em que recordo a fraude que quis ser e forma como a queimei num inferno inexistente.

No campo da intuição vejo tantos símbolos existenciais que tenho dificuldade em perceber os meus. Olho para os olhos que me orientam e percebo que os símbolos nem são a razão que nos conduz, somos nós que conhecemos e orientamos os símbolos, constatando o seu poder e a forma como o canalizamos. Dizem agora vocês, que raio é que ele está a dizer? Tento explicar de forma pessoal que a nossa intuição está presente nos nossos detalhes e que estes são representados pelos símbolos que só nós e a nossa índole reconhece. 

Ao viver a vontade de tentar perceber o que nos rodeia  percebo que os meus sonhos quase que deixaram de existir, pernoitam noutras longitudes servindo o meu horizonte e o horizonte de quem lhes quiser dar sentido.
Para terminar recordo Aquiles e o seu calcanhar maldito. Nessas dores místicas mantenho três cicatrizes... a de um lobo abandonado, a de um cisne sem asas e a de um símbolo com rosto desfigurado.