A cura....



Aprendi que um guerreiro "faz o melhor que pode e sabe até que o seu caminho se revele...". Quanto mais aprendo e quanto mais alimento as minhas dúvidas acredito ainda mais nesta demanda. O único problema é perceber quando é que o caminho realmente se revela.

Importa pouco onde fomos parar, importa é que estamos.... e misticismos e variações astrais à parte, importa o que fazemos com o tempo e recursos que temos no sítio e com as pessoas com quem estamos.
Numa citação mais ou menos religiosa, supostamente vimos à Terra para deixar a nossa marca e partirmos de volta a um infinito que ninguém percebe ou quer perceber. E por entre caminhos que se revelam e marcas mais ou menos declaradas vamos acabar por nos "adoentar" e deixar consumir por uma "chaga de inexistência". Vamos acabar por duvidar de nós próprios e por tudo que mexe ao nosso lado. Muitas vezes está longe de ser nossa responsabilidade, mas noutros venerados momentos nós somos os principais responsáveis pela "nossa própria doença". Nesta fase todos procuramos uma cura, uma forma de nos redimirmos e percebermos. 

Mas sabem qual é  parte divertida de tudo isto, é que a cura é mais uma ilusão emocional, mais um momento de paralisia até à doença seguinte que desencadeará a cura que se lhe segue. Nós somos a nossa própria cura, a nossa própria terapia. A força de vontade e capacidade de resiliência também de aprendem, mas as decisões continuam a ser de quem as toma, o que faz dos nossos erros um decisão inadiável na consciências que todos prezamos ter. Mesmo assim procurar uma cura não nos irá fazer mal, esse caminho tortuoso que todos insistimos em fazer, tem pelo pelo menos a vantagem de nos despertar, de nos dar a perceber o que é ilusão, o que pode ser a verdade e o que de fato é mentira. Um brinde à cura universal.... aquela que jamais será encontrada... mas que nunca deixaremos de procurar enquanto houverem portas por abrir.