Gosto de acreditar que todos
estamos dimensionados para o bem, aliás por estas eras acreditamos que o homem
nasceu predisposto para o bem. Acreditamos que mesmo os que vivem à margem da
sua própria natureza estão predispostos para o bem e que cabe a cada um de nós,
nobres cavaleiros imperfeitos, criar os campos de oportunidades suficientes
para cada um poder concretizar todo o seu potencial orientado para a bondade e
promoção do bem comum.
O mundo como cada um de nós o
conhece está para além do subjetivo, chega a ser absurdo a forma como o vemos,
sobretudo quando nos damos ao trabalho de partilhar a nossa opinião com o
universo em redor. Tudo que o eu digo é assimilado e entendido de forma absolutamente
distinta por cada um dos que me ouve. Cada um absorve, subverte e rentabiliza a
informação de forma diferente, com uma intensidade diferente, numa perspetiva
diferente. Por isso também a forma como vemos o bem subverte-nos. Uma decisão imponderada, uma
abordagem diferente do real que nos envolve pode ser assimilada e compreendida
como ato de maldade.
No Império de Gaia, regido pelo
Livro dos Elementos, somos ensinados acreditar que o bem é um fluxo energético
constante que habita em todos os seres humanos, centrado na sua aura e que um
dia alguém registou em palavras como sendo "o poder do coração".
Duvido muitas vezes desta ideia,
mas não duvido da intenção cega que a mesma pretende guardar "que cada ser
humano merece um novo começo, independentemente do caminho que um dia escolheu
para se perder…"