Um castelo feito de pedras soltas.... Diários de Idanha (2ª Parte)

Já vai longe o fim das férias, mas não me esqueci de fechar os diários que abri durante esse período. Foi um mês de agosto de aventuras non-stop e momentos de rara beleza, sobretudo pelos locais em que passei. Mas isso já passou e fica agora apenas a lição que sobressaiu por estes dias.
 
As dinâmicas e organismos vivos que ajudamos a fazer nascer e que nos fazem crescer (como são o grupo de amigos, as associações de que fazemos parte, as relações humanas que nos preenchem, entre outras) são castelos de pedras soltas.
 
Todos os dias imaginamos quando vai acabar o que de bom temos e demorou tanto tempo a construir. Partimos do principio real de que nada é eterno e que de alguma forma ou de outra, nos iremos perder no labirinto do destino que invariavelmente nos levará à perda... Não fujo a este labirinto, muito pelo contrário.... mas os castelos de pedras soltas que ajudei a erguer levaram-me ao engano pelo melhor dos motivos.... nenhuma das pedra que se soltou  fez cair o castelo, apenas permitiu o espaço suficiente para que uma nova pedra, mais robusta e mais forte, ocupasse o seu lugar... permitindo um castelo cada vez maior e real...