Diários das Flores I - No silêncio do Limbo...


Quando procuramos demais o silêncio ele acaba por fintar-nos e esconder-se bem nos confins da nossa alma, perdido nele mesmo. Este momento é o Limbo, casa perdida dos sentimentos descontinuados, baía secreta onde pernoitam os barcos fantasmas.

Nestes lapsos de tempo somos fantasmas de nós próprios, leituras nebulosas do que ficou por fazer, das histórias que ninguém ainda imagina ou se lembrou de contar.

Entretanto paramos para o repasto da alma bem a Ocidente da existência que conhecemos e é então.... que percebemos que estamos a ganhar tempo até ao Limbo seguinte. Mais cedo ou mais tarde o silêncio há-de voltar e a nossa alma voltará a descansar sem fintas, sem truques, silenciosamente.
Como é que está o teu Limbo?