O fim da Simbologia e o inicio do Simbolismo - Diários de Ethérnia


Em tempos ensinaram-me o poder que o meu Anjo Negro (o meu Némesis) consegue ter. Aprendi que o Némesis podia habitar dentro e fora da essência da minha alma, como um sopro perdido que vai aumentando de intensidade quando perdemos o rumo. 

Por estes dias escolhi abandonar os meus deveres de Mestre e os poderes que a Simbologia me havia dado. 

A bênção que é servir os outros torna-se por vezes numa prisão da qual tentamos escapar só para voltarmos a perceber o tempo que nos rodeia. O mesmo tempo que nos parece dar caminho, atraiçoa-nos e faz-nos perceber o quão finitos somos. 

Volto a terras de Ethérnia para voltar à simplicidade do Simbolismo dos meus dias, deixando para trás a Simbologia das relações, do presente e do passado. 

Às vezes para reparar a alma damos por nós a voltar ao instinto primário pelo qual no início éramos guiados, na esperança que a nossa intuição volte a fazer sentido. 

Há dias em que não acreditamos na magia, na serenidade e na esperança. Nesses dias deixamos que o Universo do que somos e ajudamos a criar fale por si. Com alguma sorte alguma montanha se revelará e se o que construíste for real, uma nova oportunidade reaparecerá…