Diários do Crespúsculo - As 4 leis do falso testemunho - Parte III



Estávamos de partida de Ammaia. Mas para terminar a nossa viajem, Mestre Umare pretendia partilhar connosco um dos mais importantes saberes ancestrais da Ordem dos Cavaleiros do Poder, as 4 leis do falso testemunho. Os antigos Mestres, aqueles de quem nem se sabe o nome, redigiram à milhares de épocas anuais atrás um pergaminho que pretendia retratar o que eles chamavam de "as quatro fissuras do caráter que destroem o mais poderoso dos pilares".

Levou-nos até às Lagoas de Mora, cenário idílico. Caminhávamos junto das margens enquanto nos expunha os velhos ensinamentos:

- À muito tempo os tempo os antigos Mestres fizeram questão de deixar escrito a forma de percebermos o momento em que outro Mestre ou Aprendiz, seja de forma premeditada ou apenas por fuga, nos tentam enganar na sua existência. Foi ai que determinaram as 4 leis do falso testemunho.
Muitas vezes não somos capazes de assumir que falhamos, que não estivemos à altura, que, de alguma forma, fomos "seres menores". É neste manto de dúvidas que chegamos mesmo acreditar que determinadas mentiras ou falsos testemunhos que damos chegam a ser verdade. Os velhos Mestres proclamaram a este respeito estas 4 leis:
"I . Não caias na tentação da falsa comparação. Se te pretenderes comparar opta pela virtude em vez da falsa dúvida;
II . Não te deixes dominar pelo facilitismo, assume que o tempo que tiveste, tens e o que te falta;
III . Não acredites que basta a teoria da compensação. Quando falhares é a hora de perceber o momento, rever o que foste e abrir novo capítulo;
IV .Decide e assume o que decides. Não importa se escolheste sentir o vento ou escutar a água, no final a decisão ou a não decisão é sempre tua."