Diários da Planície - Visões sobre o Essencial - Parte III


Sétimo dia por Terras de Eger, também chamadas as Terras da Planície Infinita. Estava com Pyrus e Fed, Mestres Conselheiros da Ordem dos Cavaleiros do Poder por estas paragens. Vim estudar as Escrituras da Planície e os saberes ancestrais que nelas residiam.

Faz parte do treino de um Mestre da Ordem dos Cavaleiros do Poder renovar os seus saberes filosóficos, estudar as velhas escrituras e perceber a história dos velhos Mestres de outrora. Assim, pelo menos uma vez por temporada, fazia um retiro para me reencontrar com a filosofia dos velhos Mestres através dos seus escritos e reflexões. Desta vez vim aprimorar o meu conhecimento das Escrituras da Planície. Já os tinha estudado quando era aprendiz, mas nunca os tinha aprofundado.

Por estes dias, com Pyrus e Fed, tinha já estudado os conceitos de oportunidade, alma gémea e o de busca. Tinha ainda analisado reflexões sobre a importância de antecipar aquilo em que nos queremos tornar. Nestes últimos dois dias a minha análise recaia sobre o conceito de essencial. As perguntas eram muitas: O que significa?; Como se revela?; Onde reside?; Como o calculamos?

Deixo-vos as palavras das Escrituras da Planície acerca do conceito de essencial:
- "No essencial vive a substância, a natureza íntima do que realmente importa. Essencial significa perceber o que tem de ser feito e aceitar o que não fomos capazes de acabar. Essencial significa perceber a longa jornada de quem caminhou sempre ao nosso lado e nos fez companhia na arrogância e na bondade. Essencial significa o sonhar acordado, ver para além das necessidades e compreender o detalhe do que ainda não foi feito. Essencial é a vida que escolhemos sem escolher. É o tempo mágico que alimenta a liberdade e a criatividade. É cada um no silêncio que faz todos os sons fazerem sentido."